Com o aumento da população e do consumo, a economia colaborativa propõe a divisão para substituir o acúmulo e está associada a uma grande preocupação com o futuro da humanidade. O movimento promove a troca ou compartilhamento de bens e serviços e traz novas formas de fazer negócio e de se viver.
Um bom exemplo são as caronas, explica Pablo Alencar, CFP e Head da Valor Capital. “Em um carro que pode levar 5 pessoas e você começa a compartilhar aquele trajeto seu com outras, são pessoas que vão deixando o carro em casa, menos carros fabricados e aí começamos a ter um capitalismo mais consciente, para mim um dos grandes impulsionadores da economia compartilhada”, explica.
Rafael Barbosa, sócio na XporY.com, conta que a economia colaborativa tem o papel de cada um colaborar um pouco mais dentro do ecossistema. “A plataforma XporY tem esse viés, menos dependente de banco onde a empresa, o profissional liberal, acaba contribuindo, colocando seu produto e serviço e tendo acesso a outro produto ou serviço dentro de um formato de permutas multilaterais que é um formato diferente da permuta tradicional e que vem dentro desse contexto e dessa tendência mundial que é a economia colaborativa”, destaca o executivo.
Pablo Alencar, ressalta que a tecnologia rompe as fronteiras e possibilita que o que antes primeiro teria que passar pela mão de uma empresa.
“Você consegue conectar pessoa com pessoa, isso consegue disruptar um pouco o status quo, a economia, e acaba tendo um papel social de distribuição de renda muito forte, mas para mim o que traz com mais força, o que foi escambo até antes de existir a moeda, é essa parte de permitir as trocas. O próprio Uber é um dos exemplos, mas nada mais é do que um táxi melhorado e com a tecnologia, um serviço que começa a ser digitalizado, isso traz mais gente para o negócio, quanto mais aumenta a oferta, reduz o preço, vai democratizando o serviço”, acrescenta Pablo.
Barbosa alerta, “o país está chegando em uma situação de insustentabilidade com 64 milhões de pessoas com nome sujo, a necessidade de ter um novo modelo, modelo que seja mais sustentável, mais equilibrado, está mais do que na hora. A economia colaborativa vem sendo uma ferramenta precisando de exposições maiores”.
“Com certeza, a velocidade da internet, conectividade, acesso a melhores aparelhos, acesso da população mais carente a aparelhos nos últimos anos faz com que o volume de transações, o volume de membros participantes seja muito maior e consequentemente a adesão e experiência dos usuários seja mais eficiente”, conclui Rafael.
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