Colaborativíssimo como solução para reativar a Economia

04/08/2022 | Por: XporY.com Permutas Multilaterais

Colaborativíssimo como alternativa econômica a fim de sanar as necessidades pessoais como despesas, alimentação, projetos profissionais e mais

Dos últimos anos para cá, não só as empresas, mas também as pessoas, foram atingidas pela alta nos preços dos produtos e serviços e pela desvalorização do poder de compra do Real. Por conta da inflação, de março de 2017 a março de 2022, a nossa moeda perdeu 31,32% de seu valor, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Ou seja, com o mesmo valor nos dias de hoje conseguimos comprar apenas dois terços do que compramos em 2017.

Com essa baixa no poder de compra, é necessário buscar alternativas econômicas a fim de sanar as necessidades pessoais como despesas, alimentação, projetos profissionais e lazer. É aí que a criatividade e a inovação podem fazer a diferença, principalmente quando políticas públicas são criadas como forma de estímulo ao desenvolvimento econômico.

Uma iniciativa que pode servir de inspiração é o Projeto de Lei 2039/2020, aprovado recentemente na Assembleia Legislativa de Goiás e que deve ser sancionado nos próximos dias pelo governador. O PL institui a política estadual de estímulo, incentivo e promoção da economia colaborativa, como uma alternativa para auxiliar empresas e profissionais liberais de Goiás durante o período de retomada da economia no pós-pandemia.

Colaborativíssimo no Projeto

O conceito do colaborativíssimo defendido no projeto, está na ideia de dar opções para o consumidor usufruir de um produto/serviço sem precisar adquiri-lo permanentemente ou de poder adquirir sem o uso de dinheiro propriamente dito. Essa possibilidade de compartilhamento de produtos e serviços atende não só os empresários com a redução de custos e giro de estoque, mas também ao público em geral.

Um dos modelos de negócios destacado no PL é a permuta multilateral, formato de negociação que consiste na troca de mercadorias, produtos ou serviços entre várias empresas ou consumidores ao mesmo tempo, como uma das ferramentas que devem ser utilizadas para mobilizar a adoção da economia colaborativa em Goiás. De forma regulamentada, a sociedade poderá ter acesso cada vez mais facilitado a tecnologias que facilitem negócios dessa natureza. Hoje o mercado já dispõe de plataformas de trocas on-line, o que amplia as possibilidades, com custos extremamente reduzidos.

Todo esse movimento positivo gera redes colaborativas, que estimulam a economia, geram fluxo de caixa e reduzem as saídas de recursos, o que, para empresas que estão se recuperando da crise, faz toda a diferença. E, como as trocas agora são multilaterais – ou seja, por meio das plataformas digitais é possível trocar um produto ou serviço sem ser necessariamente pelo produto que um dos membros oferecer a você pelo seu – ganhamos opções de escolha, o que auxilia na manutenção do negócio e na contratação de serviços de real necessidade naquele momento.

Se um hotel permuta uma hospedagem com um dono de salão de beleza, por exemplo, não precisa receber os serviços dele, sem precisar, pode escolher comprar com aquele crédito, material de escritório, enxoval, material de limpeza, serviço jurídico, contábil, ou outro que realmente tenha valor para seu negócio. Assim funciona uma rede de verdadeiro ganha-ganha.

Modelo de Negócio Alternativo

Mesmo diante de todos esses benefícios, para que a colaborativíssimo se firme como modelo de negócio alternativo, porém efetivo, a segurança jurídica é fundamental. Por isso, a regulamentação é tão importante. Sendo sancionada, a Lei já aprovada em Goiás será uma luz no fim do túnel para a economia, pois ela se aplicará ao setor empresarial como política pública de incentivo e terá toda uma estrutura governamental para torná-la prática.

Mas ainda há muitos desafios que precisam ser vencidos. A pauta não é regional, ela precisa ser defendida pelos brasileiros, pois todos podem ser beneficiados. É no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas de cada estado e nas Câmara Municipais que vamos promover alternativas para o desenvolvimento econômico sustentável.

A economia colaborativa, tendo como uma das ferramentas as permutas multilaterais, pode ajudar o Brasil a se recuperar da crise e voltar para a rota do crescimento.

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